segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Nenhum segundo a mais no despertador. Nenhum livro novo. Nenhum doce na geladeira. Nenhum sorriso cruzando a rua. Nenhum e-mail. Nenhuma gentileza. Nenhuma mensagem de aniversário. Nenhuma mensagem atrasada de aniversário. Nenhuma piada. Nenhum xingamento. Nenhum elogio. Nenhum barulho de grilo. Nenhum grito de medo. Nenhum acampamento na sala. Nenhuma mensagem no celular. Nenhuma ligação esperada. Nenhuma ligação inesperada. Nenhum aperto de mão sobrando. Nenhum nome faltando. Nenhum pedido atendido. Nenhuma pizza paga. Nenhum drink oferecido. Nenhum sorvete derretido. Nenhuma bochecha corada. Nenhum centavo ganho. Nenhum amor inteiro. Nenhum amor parcelado. Nenhum queixo sujo de brigadeiro. Nenhuma coberta quente. Nenhum sofá com marcas de uso. Nenhum badalar de sinos. Nenhuma nuvem em forma de cavalo no céu. Nenhuma ligação. Nenhum pedido de namoro. Nenhuma escova de dentes fora do pote. Nenhum lápis apontado. Nenhuma sombra. Nenhuma presença. Dias. Noites. Vida. Piloto automático.
Cinzentos.  

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